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Impactos econômicos da pandemia na macroeconomia brasileira

Quando a pandemia de COVID-19 chegou à Europa começamos a observar efeitos que eventualmente chegariam ao Brasil. Para conter o avanço do vírus, diversos países adotaram medidas de isolamento social. Alguns chegaram até à medida drástica de ordenar um lockdown completo da economia.

Em março o primeiro caso da doença foi confirmado no Brasil e começamos a viver esse pesadelo. Não demorou para que governos estaduais e federal recomendassem o fechamento do comércio. Diversos setores da economia foram paralisados e os cidadãos obrigados a ficar em casa.

Mesmo que algumas empresas tenham conseguido manter o funcionamento e lucratividade, esse não foi o caso de muitos. O futuro econômico do país assusta e um estudo divulgado pelo Senado já indica que a crise atual terá impactos pelos próximos anos.

Continue lendo para entender o que os dados dizem sobre o futuro econômico da nação.

Como especialistas têm visto a crise econômica atual

O Instituto Fiscal Independente realizou um estudo para avaliar os impactos econômicos da crise causada pelo novo Coronavírus. De acordo com a análise, o PIB (Produto Interno Bruto) já começa a sofrer mesmo em 2020. O pior dos cenários calcula uma queda de 7% para o PIB, resultado de um encolhimento dos diversos setores econômicos que precisaram fechar.

Entre os setores afetados podemos destacar turismo, beleza, comércios varejistas em geral e entretenimento. Além disso, muitos outros setores foram prejudicados indiretamente. Mesmo trabalhadores informais que conseguiram continuar na rua perceberam uma queda no consumo.

A incerteza com a economia torna o comportamento do consumidor mais contido. Na hora de fazer compras ele passa a levar em consideração a possibilidade de perder o emprego, o risco para outros familiares e o medo de um futuro econômico incerto. Ou seja, gasta menos em compras e procura comprar somente o que realmente é necessário.

Impactos nas finanças federais

Os gastos governamentais para combater o COVID-19 e sustentar a população durante o período de isolamento também têm papel importante na crise. Uma nota divulgada pelo governo federal estimou gastos imediatos de R$20 bilhões por semana durante a paralisação.

Tais gastos devem fazer a dívida pública disparar e chegar ao equivalente a 84,9% do PIB ainda em 2020. Nos próximos 10 anos a dívida deve passar do limite de todos os bens e serviços produzidos dentro do Brasil.

Quando o momento crítico da pandemia passar, algo previsto para o fim de 2020 e início de 2021, o governo precisará tomar medidas drásticas. O controle fiscal deve ser uma das prioridades de próximos administradores. Foco em evitar gastos desnecessários e aumentar a arrecadação da União também será essencial.

Estima-se que o crescimento do PIB e da renda do brasileiro seja freado por quase 1 década. Com um déficit estimado em R$549,1 bilhões, o governo também deverá lidar com um consequente aumento do desemprego.

Queda no setor varejista

O levantamento analisado também trouxe informações de quedas em certos setores econômicos. O varejo foi um dos que mais sofreu até o momento. Com lojas fechadas e o público receoso, as vendas caíram e muitos não conseguiram aproveitar a onda de deliveries que surgiram.

Em abril o setor teve queda de 25% e as projeções indicam uma retração ainda maior ao longo dos próximos meses. Caso o período de isolamento social se estenda o prejuízo será ainda maior.

Em geral, as projeções indicam uma retração de 2,2% na economia brasileira para 2020. Em 2019 existiam previsões de crescimento de 1,8% que não puderam se cumprir por conta da crise inesperada. No cenário mais pessimista, com isolamento até o final de agosto, a retração chega a 5,2%.

Agora tudo que negócios podem fazer é preparar-se para a retomada. Além de tomar todos os cuidados com a prevenção da doença é importante garantir uma boa saúde financeira para a empresa.

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