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USANDO O EMPREENDEDORISMO COMO ESTÍMULO ECONÔMICO EM UMA RECESSÃO

Líderes políticos frequentemente se perguntam como podem apoiar melhor os empreendedores durante uma recessão para estimular a criação local de empregos. Uma nova pesquisa sueca oferece algumas ideias interessantes.

Em seu artigo Empreendedorismo, Normas e o Ciclo Econômico (Entrepreneurship, Norms, and the Business Cycle), Simon C. Parker analisou a literatura acadêmica e as soluções políticas existentes para descobrir como empreendedorismo e crescimento econômico estão relacionados, e o que os governos podem fazer para usar a criação de empregos como um estímulo. Veja o que ele descobriu:

  • O número de empreendedores acompanha o crescimento econômico, crescendo em “booms” e diminuindo em crises. Ainda que sejam desconhecidas as causas desse fenômeno, Parker especula que a expansão econômica pode permitir aos novos empreendedores investir mais, gerando negócios para outras empresas. Financiamentos para novos negócios também são mais acessíveis em tempos de crescimento econômico, e muito mais limitados em uma recessão, bem quando as empresas mais precisam desses recursos.
  • Os políticos deveriam intervir a favor dos empreendedores em períodos difíceis. Incentivar a criação de novos negócios pode ser uma saída para a recessão. Novos negócios geram um número desproporcional de novos empregos, e os desempregados têm mais chances de se tornarem empreendedores do que trabalhadores empregados.

Parker também lista uma série de soluções políticas que podem apoiar o emprego e o crescimento do consumo.

Solução 1: Trabalhe junto aos bancos para manter os empréstimos a pequenas empresas em uma recessão. Os governos podem diminuir os impactos negativos da queda nos empréstimos do setor privado apoiando os bancos no crédito às pequenas empresas, ou tomando para si parte dos riscos através de programas de garantia de empréstimos. Em resposta a normas bancárias mais rígidas após uma crise, alguns governos até mesmo já abriram bancos estatais voltados a pequenas empresas.

Solução 2: Apoie o capital de risco em tempos difíceis (e somente em tempos difíceis). Não é novidade que o capital de risco acompanha de perto a economia: ele é abundante durante o crescimento econômico, mas desaparece nas crises. O apoio desregrado do governo ao capital de risco em épocas de crescimento pode até ocasionar bolhas especulativas, mas o apoio público ao capital de risco privado em tempos de recessão pode estimular a economia através do incentivo ao empreendedorismo, que por sua vez fomenta o consumo. Assim como a Kauffman Foundation, Parker também diz que fornecer incentivo ao capital de risco privado é preferível a criar empresas públicas de capital de risco.

Solução 3: Invista recursos públicos para atrair empreendedores para áreas em depressão econômica. Ao usar o empreendedorismo como uma ferramenta de desenvolvimento local, os líderes políticos devem julgar se são os grandes ou os pequenos negócios quem vão ajudar mais a região a sair ilesa da crise econômica. Grandes negócios tendem a suportar melhor as crises, mas pequenos negócios locais tendem a se importar mais com o destino de uma região e com os seus habitantes.

Solução 4: Forneça programas de apoio ao emprego e serviços de consultoria a empresas. Os governos podem incentivar desempregados a se tornarem empreendedores ao diminuir os riscos de se administrar um negócio próprio: mesmo se eles fracassem, os empreendedores poderão contar com benefícios públicos. Esta medida pode sem querer causar o crescimento de negócios malsucedidos que podem vir a quebrar em um ou dois anos, mas ainda assim ela pode gerar no curto prazo um oportuno crescimento de consumo.

Artigo originalmente publicado e gentilmente cedido pela Endeavor Insights.

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