As micro e pequenas empresas passaram por momentos difíceis desde o início da pandemia. Forçadas a fechar ou adaptar drasticamente seu funcionamento, muitos perderam lucros importantes para manter-se funcionando. Por isso, as linhas de crédito emergencial com juros baixos foram tão essenciais para esses negócios.
Sabendo da importância desses programas, o Senado brasileiro procurou disponibilizar mais crédito. Em ofertas anteriores o programa esgotou-se em dias, incapaz de atender às milhares de pequenas empresas que precisavam dele.
Confira abaixo como deve funcionar essa nova etapa de disponibilização de crédito e como ela pode ajudar sua empresa.
Nova etapa do Programa Nacional de Apoio às Pequenas Empresas (PRONAMPE)
Até agora cerca de 200 mil empresas já fecharam contrato para conseguir acesso a alguma linha de crédito. No último dia 22/10 a Caixa divulgou que havia atingido o marco de R$25 bilhões em créditos para pequenas e micro empresas, sendo R$12 bilhões equivalentes somente ao PRONAMPE.
No entanto, mesmo essa aparentemente enorme quantia em dinheiro não foi o suficiente. Muitas empresas ainda precisam do crédito para manter-se funcionando e o governo têm estudado formas de fazer isso.
Uma terceira etapa do PRONAMPE parece iminente para todos os envolvidos. Mas ela não deve ser com as mesmas taxas de juros e formas de pagamento das anteriores. Atualmente o crédito deve ser corrigido pela Selic com 1,25 ponto porcentual adicional ao ano com prazo de pagamento de 36 meses.
O governo ainda não esclareceu a nova taxa de júros, mas ela deve se manter inferior a 2 pontos percentuais ao ano. Além disso, o período de carência cairá para seis meses, diferente dos oito meses usados anteriormente.
Como o PRONAMPE pode ajudar empresas de pequeno porte
O PRONAMPE tem servido como um crédito para manter gastos fixos e dívidas em dia. Ele socorre pequenos empresários para garantir que consigam honrar com seus compromissos, pagar aluguéis e folha de pagamento de funcionários. Seu principal objetivo é evitar o fechamento de empresas por conta da crise econômica e sanitária.
O programa foi reconhecido como um dos únicos a conseguir atingir a “ponta” do problema e ajudar a manter financeiramente pequenos empresários. Por isso, o governo federal tem dado ainda mais atenção para sua manutenção.
A nova etapa, apesar de trabalhar com juros mais altos, ainda deve servir como suporte para muitos que não conseguiram manter seu giro de capital durante a pandemia.
Outros programas públicos de crédito para micro e pequenas empresas
Apesar de ter se tornado um dos mais conhecidos, o PRONAMPE não foi o único programa estatal de crédito para pequenas e micro empresas. Confira algumas outras opções de crédito para quem busca sobreviver ao período e talvez até mesmo investir em seu negócio.
Linha emergencial de crédito para folha de pagamentos
Criada dentro do Programa Emergencial de Suporte ao Emprego (Pese) e regulamentada pela Medida Provisória 944, essa foi uma linha de crédito focada em folha de pagamento. A intenção foi evitar as demissões por conta do fechamento de empresas durante o período de quarentena.
Os juros aplicados foram de 3,75% ao ano com carência de 6 meses e prazo de pagamento de 36 meses. O programa está disponível para empresas com receita brutal anual de R$360 mil a R$50 milhões.
Linha de crédito da Caixa e Sebrae
A falta de capital de giro afetou muitas pequenas empresas e empreendedores individuais no período. Tendo conhecimento disso, uma medida aplicada pela Caixa e Sebrae disponibilizou crédito de R$7,5 bilhões para MEs e MEIs.
Toda a operação foi viabilizada através de um aporte de R$500 milhões provenientes do Sebrae. Também é o órgão que dará as garantias complementares para conceder acesso ao crédito através do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (FAMPE).
BNDES crédito para pequenas empresas
A linha BNDES crédito para pequenas empresas já existia no período pré-pandemia. Ela foi expandida atualmente para conseguir atender um número maior de beneficiários e ajudar mais empresas a manter-se estáveis mesmo sem um fluxo de caixa adequado. Para isso, o BNDES utiliza uma rede de agentes financeiros credenciados que operam as linhas de crédito.
A linha está disponível para empresas com faturamento até R$300 milhões por ano. O crédito chega a R$70 milhões anuais sem destinação específica, podendo inclusive cobrir toda a operação. O prazo de carência é de até 2 anos dependendo do caso com pagamento em até 5 anos.
Programa emergencial de acesso ao crédito (PEAC)
A medida provisória 975 instituiu o PEAC que deve contar com até R$20 bilhões em recursos vindos da União com até R$80 bilhões em operações de crédito. 35 agentes financeiros já estão habilitados para oferecer créditos de R$5 a R$10 milhões.
Antes de contratar qualquer linha de crédito é importante ter a opinião de um contador. Os diferentes juros e prazos de pagamento podem interferir muito na saúde financeira de seu negócio. Procurando ajuda para navegar esse novo período pós-pandemia com seu negócio? Entre em contato conosco.