Para gestores de empresas ME e EPP, entender como funciona o cálculo do Simples Nacional pode ser importante para o planejamento financeiro do negócio.

No entanto, apesar de se tratar de um cálculo, é importante ter em mente que não se trata de algo complexo. Por isso, neste conteúdo vamos tratar das direções corretas para o cálculo.

Ao concluir a leitura, você terá compreendido o cálculo bem como a importância da contabilidade no dia a dia das empresas do Simples Nacional.

Vale lembrar que aqui estamos falando de um regime tributário diferenciado e simplificado, voltado para Microempreendedores Individuais (MEI) e Micro Empresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) com receita bruta anual de até R$4.8 milhões.

O modelo do regime simplificou o recolhimento de taxas quando unificou oito tributos das três esferas públicas (Municipal, Estadual e Federal) em uma única guia de recolhimento, o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).

Como calcular o Simples Nacional?

Para calcular o Simples Nacional corretamente, é necessário seguir um passo a passo que começa pela descoberta da receita bruta nos últimos 12 meses, passando pela descoberta da alíquota e parcela, o cálculo, até chegar no valor. Se você está confuso, tenha muita calma. Aqui, nós vamos tratar de cada um desses itens mais adiante. Portanto, continue com a gente para entender.

Nos próximos parágrafos vamos tratar de alguns termos com siglas entre parênteses que vão representar sua aplicação em uma fórmula.

Para chegar no valor da alíquota efetiva e, consequentemente no valor do imposto a ser pago, é necessário cruzar o faturamento bruto dos últimos 12 meses (RBA12) com as informações das tabelas disponibilizadas pela Receita Federal. Ou seja, a alíquota (ALIQ) da tabela do Simples Nacional e a parcela a ser deduzida (PD), que também está na tabela.

A fórmula é a seguinte:

 {(RBA12 X ALIQ) – PD}

1. Descubra a receita bruta dos últimos 12 meses

O primeiro passo é somar o valor mensal do faturamento do seu negócio nos últimos 12 meses. Se a sua empresa ainda não tem 12 meses, você vai multiplicar o faturamento do primeiro mês por 12 meses e projetar esse valor.

Exemplo:

RBA12: R$ 300.000,00

2. Identifique a alíquota e a parcela

Agora é preciso buscar nas tabelas da Receita Federal onde sua empresa está inserida, de acordo com a sua atividade e a sua faixa de faturamento – São cinco anexos com as atividades permitidas no Simples Nacional e cada tabela é dividida em seis faixas de faturamento com parcelas a deduzir e alíquotas progressivas. Isso mesmo, quanto maior o seu faturamento, maior o imposto a ser pago.

É bom saber que as empresas que faturaram até R$180 mil nos últimos 12 meses têm a alíquota fixa.

Exemplo:

Sua atividade é Indústria e você está na 2ª faixa de faturamento que tem a alíquota de 7,80% com dedução da parcela de R$ 5.940,00

ALIQ: 0,078

PD: 5940,00                                                           

3. Calcule a alíquota efetiva do imposto

Utilizando a fórmula {(RBA12 X ALIQ) – PD} você consegue inserir os valores e chegar na alíquota efetiva.

300.000 x 0,078 – 5940

23.400 – 5940 = 17460

TOTAL: 17.460,00 / (RBA12) 300.000,00 = 0,0582 

Para chegar ao percentual, basta multiplicar por 100. A alíquota efetiva dessa empresa seria, então, de 5,82%.

4. Descubra o valor do Simples Nacional

Agora, basta multiplicar a alíquota efetiva pelo faturamento mensal da sua empresa.

Exemplo:

5,82% ou 0,0582 X 25.000,00 = R$ 1.455,00

Como uma contabilidade pode ajudar uma empresa do Simples Nacional?

O trabalho de uma contabilidade pode ajudar gestores de forma especializada e ágil a realizarem suas rotinas contábeis e fiscais. Esse trabalho é fundamental para que sua empresa fique em dia com suas obrigações e não tenha problemas com o fisco.

Você vai precisar de um contador experiente e responsável para lidar com as rotinas contábeis da sua empresa. Mesmo na modalidade Simples Nacional, o processo exige conhecimentos que fogem do domínio dos gestores.

Confira, a seguir, alguns pontos onde a contabilidade pode atuar para contribuir com o seu negócio.

Emissão de Nota Fiscal

Depois que sua empresa emitir, por meio de um software emissor, uma nota fiscal de venda, chega a vez do contador fazer a sua parte: prestar contas das vendas para o sistema, calculando impostos e emitindo as declarações necessárias.

Escrituração fiscal e contábil

Mesmo no regime Simples Nacional, o contador mantém os registros e controle das operações da sua empresa através da escrituração fiscal e contábil. Esse histórico da empresa envolve a movimentação financeira e contábil, as movimentações de estoque, entrada de bens, mercadorias, serviços de transporte e comunicação, entre outros.

Emissão e pagamento do DAS

Com o registro da rotina da sua empresa, o contador consegue apurar todos os tributos a serem recolhidos para emitir o DAS (Documento de Arrecadação Simplificada) até o dia 10 para pagamento até o dia 20 do mês. 

Envio de informações pelo eSocial

Nesta etapa são enviadas as informações trabalhistas pelo software eSocial para manter a sua empresa em dia com as leis da CLT:

• folha de pagamento do mês;
• comunicados de dispensa;
• FGTS;
• previdência;
• carteira de trabalho;
• entre muitos outros.

Envio de declarações mensais e anuais

O contador envia, todos os meses e uma vez por ano, declarações sobre a situação fiscal e financeira que constituem as obrigações acessórias da empresa.

Apesar do Cálculo Simples Nacional ter sido criado para facilitar a vida da sua empresa, existe muito trabalho por trás dessa logística toda.

A Contábil Bandeirantes é uma empresa com 52 anos de mercado e com vasta experiência em rotinas contábeis de empresas de todos os portes e tamanhos. Se você precisa de apoio para que a sua empresa fique em dia, entre em contato e converse com um dos nossos especialistas. Para nós, será um imenso prazer contribuir para a segurança fiscal da sua empresa.